O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quinta-feira, 17 de Setembro de 2015

 

  1. O constante fluxo de migrações e as crescentes vagas de refugiados têm comprovado que o mundo se tornou uma aldeia.

As pessoas deslocam-se sem dificuldade. Mas nem sempre se integram com facilidade.

 

  1. Na era da mobilidade, parece que estamos mais preparados para sair do que para chegar.

Deste modo, há quem se sinta duplamente estranho: no país de origem e no país de acolhimento.

 

  1. A experiência mostra — e demonstra cada vez mais — que a convivência humana não é fácil. Não é fácil a convivência com os de longe e não é fácil sequer conviver com os de perto.

E é assim que a violência doméstica se impõe como um dos (múltiplos) tentáculos desta escalada de violência global.

 

  1. Afinal, custa menos encurtar distâncias do que aproximar pessoas.

Neste mundo globalizado, estamos cada vez mais perto, mas nem por isso nos sentimos mais próximos.

 

  1. Uns não sabem acolher e outros não conseguem integrar-se.

Resultado. Em vez de uma mútua adaptação, ocorre a inevitável colisão.

 

  1. Há quem se adapte às leis do país em que vive. Mas também há quem queira impor os comportamentos da cultura donde provém.

Há quem não respeite e há quem não se sinta respeitado.

 

  1. Não falta quem chegue mais depressa aos confins da terra do que ao coração do vizinho.

Os antípodas parecem estar mais na rua da mesma terra do que do que no outro lado da terra.

 

8.Perante isto, temos de começar a pensar numa ética global e numa lei mundial.

Se os contactos se globalizam, porque é que não se hão-de globalizar os valores? Concretizando, se a violência se vai globalizando, como é que podemos desistir de globalizar a promoção da paz?

 

  1. Quando as diferenças afastam, tem de haver algo que nos faça reaproximar.

À ética, à religião, à lei e à política cabe um grande — e muito importante — papel.

 

  1. Um governo mundial, como alguns já alvitram, parece-me impraticável para já. Mas uma ética comum e uma legislação planetária têm de ser seriamente ponderadas.

O maior problema vai ser convencer populações e governantes locais. Mas há caminhos que não podem deixar de ser percorridos. Às vezes, o mais difícil é começar.

 

publicado por Theosfera às 10:33

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