Krónos e Kairós são duas palavras diferentes para tentar dizer o mesmo: o tempo.
Krónos é cruel. Filho de Urano e de Gaia, libertou os irmãos do ventre da terra, tornando-se o chefe dos titãs.
Receando, porém, um sucessor humano, devorou os seus próprios filhos.
Apenas o filho mais novo conseguiu salvar-se: Zeus. Este, quando cresceu, dominou o pai passando a governar os homens.
O tempo, tantas vezes, devora as pessoas.
Estamos subjugados por ele.
Estamos sempre a olhar para o relógio.
Suspiramos pelo tempo e chegamos sempre à conclusão de que não temos tempo.
Já o Kairós é doce, é suave, é a medida certa.
Tem asas nos pés ou nos ombros.
Caminha sobre os bicos dos pés.
Na testa tem um tufo de cabelo. A nuca é careca.
As oportunidades devem ser aproveitadas até porque o momento é efémero como mostra a nuca lisa.
O Kairós é representado pelo número sete, que recorda a história bíblica da criação.
O Kairós é, pois, o momento decisivo, no qual Deus oferece a felicidade às pessoas.
Caminho a seguir? Transformar o Krónos em Kairós, trazendo a eternidade para o tempo.