O mal já é suficientemente mau para fazer doer.
Mas ainda pior que o mal é a indiferença das pessoas de bem perante ele.
Existe até o paradigma da pessoa boa, como aquela que não reage, que suporta tudo, incluindo o mal.
Mas haverá alguma bondade na conivência com a maldade?
Martin Luther King foi bastante assertivo: «Quem aceita o mal sem protestar coopera com ele».
Daí a sua mágoa não só diante da acção dos maus, mas também diante do silêncio dos bons.
Mas se os bons ficam em silêncio perante o mal serão bons?