O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sexta-feira, 04 de Novembro de 2016

O bem destaca-se pela discrição. Actua e não tira proveito.

São Bento dava o exemplo do sol. Este, «ao nascer dá um espectáculo absolutamente especial, e no entanto a plateia continua a dormir».

Quando se faz o bem e se tira proveito disso, será que o objectivo era (apenas) fazer o bem?

Como se sabe, a publicidade é o reino (legítimo, aliás) do interesse.

Quando se publicita algo, é porque algum proveito se pretende.

É claro que é bom falar do bem. Mas que sejam outros a falar e não os próprios.

Hannah Arendt observou que, «quando a bondade se mostra muito, já não é bondade, embora possa ainda ser útil».

Confesso que os «festivais de bondade» e a «multiplicação de "heróis"» me deixam um pouco retraído.

Façamos o bem, sim e sempre. E deixemos que o bem faça o seu caminho.

Aproveitar-se do bem será bom?

publicado por Theosfera às 09:18

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