Tão obstinados andamos com o afã de possuir que até reduzimos o ser ao ter.
Só que, como bem alertou Jean-Paul Sartre, «o homem não é a soma do que tem».
Para o filósofo existencialista, o homem é «a totalidade do que ainda não tem, do que poderá vir a ter».
Estou persuadido, porém, que o homem está (muito) para lá do ter. Até no ter ele mostra o que é.
Não é por muito se ter que bem se é. O ser é que revela tudo. E sempre!