Se repararmos bem, não é de hoje a propensão para violar segredos. A diferença está na escala.
Enquanto outrora um segredo podia falecer nos ouvidos de familiares e vizinhos, hoje arrisca-se a ser despedaçado à frente do mundo inteiro.
Basta soprar algo para a comunicação social ou plantar alguma coisa nas redes sociais.
O que impressiona mais, nesta espiral de devassa, é ver certas instituições embarcarem na onda.
Todos nos lembramos de ver pessoas, mesmo não crentes, recorrerem à Igreja para partilharem os seus dramas porque sabiam que dali nada transpirava.
É por isso que esta saga do «Vatileaks» me soa a mais um sintoma de decadência.
A bem dizer, as justificações dadas justificam muito pouco.
Segredo confiado tem de ser segredo guardado!