No «campeonato das acusações», a direita e a esquerda atribuem uma à outra a responsabilidade pela desocupação do centro.
Cada sector acusa o outro de estar acantonado no seu reduto.
É neste quadro que uma pergunta assoma à mente do cidadão. Se o centro está desocupado, porque é que não o reocupam?
Porque é que não se esforçam por se reencontrar nesse centro?
Nesse centro podem estar as mais de quatro milhões de pessoas que não se revêem em nenhuma força política.
Será que a ideologia impede que a direita e a esquerda se entendam à volta de um centro que permita ao país ultrapassar de vez esta crise?