Afinal, onde estão os representantes dos que não querem ser representados?
O mais elementar é que quem não quer ser representado não tivesse representantes.
Os não-representados rever-se-iam assim nos não-representantes.
Ou seja, os lugares vazios seriam a tradução mais lógica da abstenção.
Nesse caso, o Parlamento Europeu teria muito menos que 751 deputados. E, ontem, teriam sido eleitos apenas 7 e não 21 deputados portugueses.
É claro que isso colocaria problemas de funcionamento gerando uma espécie de entorse no sistema parlamentar.
Mas só assim muitos acordariam.
A democracia é feita de maiorias. Mas impressiona que seja uma minoria a decidir pela maioria.
Era bom que repensássemos tudo.
Todos temos de mudar: os eleitos, os eleitores e também os abstencionistas. Sem pressões, claro!