As catalogações são sempre ociosas. Colocam rótulos e passam, quase sempre, ao lado do que importa.
Os que se consideram progressistas acusam os supostamente conservadores de terem estacionado no passado.
Esquecem-se, porém, de que também eles estão no passado.
Talvez seja um passado mais recente, mas que não deixa de ser passado.
Ainda não perceberam de que, se é certo que o mundo já não está no século XIX, também é verdade que já não está no Maio de 68.
O progressismo acaba, assim, por ser semelhante ao alvo da sua crítica.
Também vive no passado que critica. Também perfilham ideias que contribuíram para criar muitos problemas.
E, como notou Einstein, «não se resolve um problema com as ideias que o criaram».
Bom seria, respeitando o que passou, que caminhássemos melhor no tempo com os olhos na eternidade.
A eternidade é o que não passa. Por isso, é ela que melhor nos ajudará a passar cada passo!