- A Procissão do dia 8 começou por ser no dia 7 e era para ter sido no dia 6.
Foi em menos de um mês que tudo ficou delineado e resolvido.
- A 15 de Agosto de 1894, a Mesa da Irmandade reuniu-se, sob a presidência do Coronel Joaquim José da Costa Júnior.
Foi então que se deliberou realizar, «no dia 6 de Setembro, uma “procissão de triunfo”, conduzindo a imagem da Virgem dos Remédios do Convento das Chagas».
- Só há notícia de sete procissões antes desta. A última fora em 1885, igualmente no dia 6 de Setembro. Partiu da Sé para o Santuário.
Nove anos depois, a «procissão de triunfo» iria entrar, definitivamente, no programa da Festa de Nossa Senhora dos Remédios.
- Acontece que o tempo era escasso para a preparação.
Como se isto não bastasse, a 28 de Agosto, surge um imprevisto, determinado «por circunstâncias superiores à vontade da Mesa». A data da Procissão passou «para o dia 7, véspera de Nossa Senhora».
- No dia 29 de Agosto, várias figuras foram convidadas. Foi o caso do Presidente da Câmara, dos Vereadores e dos Bombeiros Municipais.
Às forças militares foi pedido que formassem uma guarda de honra com 30 praças. As irmandades, as associações e o Asilo da Infância Desvalida também receberam convite.
- A organização coube ao Cónego João José Teixeira Fafe.
Além do «carro triunfal» de Nossa Senhora dos Remédios, desfilou um carro com a Sagrada Família.
- A Procissão percorreu as principais artérias da cidade, a caminho do Santuário.
Só a partir de 1897 é que começou a parar na Igreja de Santa Cruz, seguindo para o Santuário no Domingo a seguir ao dia 8.
- Os andores foram, desde o início, puxados por juntas de bois.
Em 1895, a Procissão passou para o dia 8 de Setembro.
- Em 1904, chegou uma nova imagem, executada na Casa Fânzeres, de Braga. Foi oferecida pelo industrial lamecense Maximiano da Costa Cardoso, a residir no Porto.
Só por três vezes não se fez a «procissão de triunfo»: em 1899 (devido à peste bubónica), em 1909 (na sequência de fortes chuvadas) e em 1912 (por decisão da Irmandade).
- Não é possível conhecer Lamego sem visitar o Santuário da Senhora.
E é inteiramente impossível cartografar a fé das gentes de Lamego sem acompanhar a Procissão da Senhora do Santuário!