Acima de tudo, tenhamos calma.
Não vejo ninguém deprimido nem noto que alguém esteja especialmente entusiasmado.
Sinto que toda a gente está expectante e preocupada.
Há uma compreensível saturação ante o arcaísmo do discurso e a recorrência das acções.
O que as pessoas esperam, por isso, não é tanto que se vá pela direita ou pela esquerda. O que as pessoas esperam é que se vá ao fundo: ao fundo dos problemas e ao fundo das possibilidades.
Ir ao fundo implica uma linguagem de verdade e uma prática de justiça.
Não acenem com ilusões nas palavras. Digam o que podem fazer.
E, dentro do que podem fazer, façam alguma coisa por quem tanto tem sofrido!