O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 20 de Maio de 2014

1. Sei que não parece, mas estamos a escassos dias de mais umas eleições.

Ainda não sabemos os resultados, mas é possível, desde já, identificar o vencedor (ou, neste caso, a vencedora): a abstenção.

 

2. Trata-se de uma vitória esperada, mas também perigosa.

De facto, a classe política só aparenta estar preocupada com o povo em vésperas de actos eleitorais. Como é que o povo não há-de afastar-se cada vez mais da política se a política se afasta cada vez mais do povo?

 

3. Há, porém, um perigo latente. Hoje, o mais distante é que comanda o mais próximo.

A vida das pessoas decide-se, em grande medida, entre Bruxelas e Estrasburgo. É, pois, muito arriscado deixar que as eleições mais decisivas sejam as menos participadas.

 

4. É claro que os protagonistas não ajudam. O tema é a Europa, mas o discurso incide, acima de tudo, sobre a política nacional.

Trata-se de uma opção inevitável. A Europa não passa apenas pelos grandes centros. Ela atravessa também os pequenos lugares. E, afinal, falar de Portugal é também falar da Europa.

 

5. O problema é que só se desça à realidade nestas alturas.

As eleições, para muitos, despontam como o único momento em que os representantes se submetem à vontade dos representados. Logo a seguir, os representados voltam a ficar submetidos às decisões dos seus representantes.

 

6. Importa, contudo, saber separar o trigo do joio. Ainda há muita gente digna, muita gente honesta.

E, depois, há que pensar que, não raramente, o que acontece na classe política é um reflexo do que ocorre entre os cidadãos.

 

7. Os políticos não serão um modelo de qualidades. Mas será que nós, cidadãos, seremos uma montra de virtudes?

Há, sem dúvida, muito que fazer com os outros. Mas não há menos que refazer connosco.

 

8. A regeneração, que tanto desejamos, tem de passar também pela base, por nós.

Não consintamos que a política continue a ser vista como um «problema deles», tanto mais que ela é, antes de mais, um «problema nosso».

 

9. Não podendo fazer tudo, poderemos fazer muito. Desde logo, não ficando em casa no próximo dia 25.

Votar é um direito que há-de ser encarado como um dever e assumido como um imperativo.

 

10. Estimado leitor, vote no próximo dia 25. Mesmo que lhe custe.

Vote por si. Vote por todos.

publicado por Theosfera às 11:51

De Anónimo a 20 de Maio de 2014 às 23:05
O voto é o único meio de que dispomos para discordarmos das políticas injustas, desumanas, de que temos sido objecto. Por isso não nos podemos abster de votar.

De Anónimo a 21 de Maio de 2014 às 12:54
Devemos votar, é obrigatório que o façamos se nos quisermos ver livres de políticas e políticos, cujos palavras não correspondem aos actos.Cuja prática nega totalmente as promessas que nos foram feitas


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