Cada dia transporta a memória de muitos outros dias.
Recordo um 7 de Novembro de há 17 anos. Era uma manhã de sexta-feira, taciturna como esta sexta-feira. Gostava de a esquecer, mas ela alojou-se na lembrança.
Evoco também um 7 de Novembro de há 101 anos. Nesse dia, nascia Albert Camus, autor de «O Estrangeiro», grande livro e preciosa metáfora destes tempos.
Para ele, «o homem não é nada em si mesmo. Não passa de uma probabilidade infinita. Mas ele é o responsável infinito por essa probabilidade»!