- Por vezes, dá a impressão de que nós, cristãos, estamos acomodados, quase em «modo de pausa».
Parece que só nos incomodamos quando nos inquietam, quando «mexem» connosco.
- Devíamos olhar um pouco mais para os políticos em campanha. Nota-se que algo os faz «mexer» e os faz querer «mexer» connosco.
De facto, quando algo — ou alguém — «mexe» connosco, nós não descansamos enquanto não «mexemos» com outros. Porque é que nós, cristãos, nos «mexemos» tão pouco?
- O que se passou nos últimos dias deve ajudar-nos a pensar, a reflectir e, porventura, a inflectir.
O que os políticos mais nos mostraram foi a importância de ir ao encontro das pessoas. Não basta ficar à espera delas; é fundamental ir à procura delas.
- E, justiça seja feita, nestes contactos os políticos não costumam usar de rodeios. Pelo contrário, vão logo directos ao que os traz.
Não hesitam em pedir o voto. Mostram que acreditam no que os move. E não têm qualquer receio em assumir que o seu projecto é o melhor.
- Recorrem a todos os meios disponíveis. Tanto convocam as pessoas para a rua como as visitam em casa. Nem as mais sozinhas são esquecidas.
Cumprimentam, sorriem, abraçam, partilham refeições. Apresentam medidas e escutam anseios.
- Não se dispensam de surgir nos jornais nem, como é óbvio, de recorrer às redes sociais.
Além de mobilizar, esforçam-se por seduzir. Daí que tanto façam desfilar argumentos como se insinuem com presentes.
- A resposta não vem de todos. Mas a proposta não deixa de chegar a todos.
O mais sintomático é que até alguns dos mais renitentes acabam por ser convencidos. E é assim que, não obstante a abstenção, muitos votos são conquistados.
- Dizem que os políticos só aparecem nesta altura. Mas aparecem.
E nós, cristãos, quando é que aparecemos na vida das pessoas?
- Os políticos aparecem porque algo «mexe» com eles e porque algo os dispõe a «mexer» com os outros. Não devia acontecer o mesmo connosco?
Não só em alguns dias, mas em cada dia, era bom que nos vissem sair para convidar outros a vir.
- Não temos presentes para dar. Mas temos o melhor presente para oferecer: Jesus.
Se Jesus «mexe» connosco, porque é que não havemos de nos «mexer» para atrair outros para Jesus?