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Sexta-feira, 26 de Agosto de 2016

 

  1. Não se sabe ao certo quando começou a Festa de Nossa Senhora dos Remédios.

Sabe-se que, em 1711, tal Festa já existia e duas vezes por ano: na segunda-feira após o II Domingo da Páscoa e a 5 de Agosto, dia de Nossa Senhora das Neves.

 

  1. Nessa altura, a Festa decorria inteiramente dentro do Santuário e de madrugada: «das cinco às seis horas da manhã».

O programa constava de Novena e de Missa com Sermão.

 

  1. O início da Novena era a 28 de Julho e o dia principal da Festa coincidia com o último dia da Novena: 5 de Agosto.

Havia músicos e instrumentos, os quais, segundo as crónicas, estavam sempre «bem ensaiados e afinados».

 

  1. Foi em 1778 que a Festa se deslocou para 8 de Setembro, dia do nascimento de Nossa Senhora.

A alteração foi comunicada a 19 de Julho desse ano, pelo Bispo de Lamego.

 

  1. A passagem da Festa de Agosto para Setembro ocorreu na sequência de um «Breve» de Pio VI, que concedia indulgência plenária a quem visitasse o Santuário num dia a designar pelo Bispo.
  2. Manuel de Vasconcelos Pereira optou por 8 de Setembro, indicando esta como nova data da Festa.

 

  1. Quatro dias antes da Festa de 1778, o Santuário foi benzido pela segunda vez. A primeira fora na inauguração, em 1761.

Agora, já tinha o principal recheio, nomeadamente os retábulos do altar-mor e dos altares laterais.

 

  1. Foi a partir de 1814 que a Festa começou a integrar um momento recreativo, nas imediações do Santuário.

Nesse ano, D. João VI autorizou a realização de uma Feira Franca.

 

  1. A finalidade era aumentar o número dos peregrinos e, com isso, o volume das suas ofertas.

As invasões francesas tinham sido há pouco tempo, as despesas com a construção do Escadório eram muitas e as receitas escasseavam.

 

  1. Nesse mesmo ano (1814), é mencionada a presença de «músicos de milícias», além dos «músicos de Igreja».

Muito provavelmente, esses «músicos de milícias» teriam sido contratados para animar um possível arraial.

 

  1. No ano seguinte (1815), deparamos, pela primeira vez, com uma referência ao «fogo» e à «iluminação».

Articulando a música «de milícias» com o fogo e a iluminação, podemos concluir que estamos perante um arraial nocturno, talvez a 7 de Setembro.

publicado por Theosfera às 09:27

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