A esta hora, sabemos muito do que vai acontecer ao longo deste ano. Mas também ignoramos bastante sobre o que, nele, irá suceder.
Há muita coisa que já está marcada. Mas há muita coisa que, não estando marcada, irá ocorrer.
Neste mês de Janeiro, mais propriamente a 24, assinala-se o 50º aniversário da morte de uma figura que alterou o rumo da história no século XX.
Tenho para mim que o curso da segunda guerra mundial foi alterado pela força da palavra.
Winston Churchill conseguiu, pela palavra, inverter uma história que parecia ter outro destino.
Hitler tinha tudo meticulosamente prepararado para dominar a Europa.
Muitos pareciam já resignados. Foi necessário usar de muita audácia (alguns terão conectado tal audácia com loucura) para tornar possível o que parecia irremediavelmente impossível.
Só depois da morte é que Churchill se viu alçado à condição de génio.
Às vezes, só a distância permite ver o que perto não se consegue enxergar.
Mas houve um coetâneo de Winston Churchill que cedo pressentiu o seu génio quando ele lhe pediu opinião acerca do primeiro discurso que fizera no Parlamento.
«Meu caro jovem, acabaste de cometer o maior erro da tua vida. Fizeste um discurso brilhante. Há pessoas que nunca te vão perdoar isso»!
Parece impossível. Mas, infelizmente, é a mais pura das verdades!