O anonimato é como uma folha em branco. Cada um pode escrever o que lhe aprouver.
O anónimo pode querer defender-se. Mas pode querer também atacar sem fundamento.
O problema é que as pessoas tendem a dar crédito e, pelo menos, admitem a possibilidade: «E se for verdade?» Mas se é verdade, porque é que não se assume tudo com clareza?
Neste aspecto, creio que o conselho de Trajano, há quase dois mil anos, continua a ser válido: «Quanto às denúncias anónimas, não têm qualquer valor em nenhuma acusação, pois constituem um exemplo detestável e não são dignas do nosso tempo».
Não são dignas de nenhum tempo!