Há um paralelismo entre conhecimento e sabedoria.
Trata-se, porém, de um paralelismo estranho, de um paralelismo muitas vezes assimptótico.
Quando aumenta o conhecimento, devia aumentar a sabedoria. Só que, como notou Isaac Asimov, «o aspecto mais triste da vida actual é que a ciência ganha em conhecimento mais rapidamente que a sociedade em sabedoria».
Nunca houve tanto conhecimento como hoje. Mas haverá muita sabedoria?
As aquisições da comunidade científica atestam a progressão nos conhecimentos. Mas alguns comportamentos não denunciam muita sabedoria.
Nesta altura, muito se fala das praxes. E é bom que se fale e sobretudo que se actue. Com serenidade, sem dúvida, mas também com determinação.
É que, mesmo quando não matam o corpo, acabam por matar sempre a alma.
Será que o Estado, que controla tanto os nossos passos, não poderia vigiar um pouco mais estas acções?
É claro que nada substitui o escrutínio da consciência. É essa que tem de ser trabalhada.
Já agora, será que nos outros países as praxes também decorrem nestes moldes?