Confesso que, embora acabe por embarcar na onda, me constrange esta contínua sucessão de «olás», «xauzinhos», «yás», «ok's», «boas» ou «tá tudo?»
Já nem uma nesga de tempo se arranja para completar um polido «boas tardes» ou um convencional «está tudo bem?»
Aliás, esta abreviação da linguagem acaba por indiciar a brevidade fugidia dos nossos encontros.
E já nem sequer falta um desaforado «porta-te mal» a sinalizar as despedidas.
Não escondo que tenho saudades de um convicto «louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo», de um respeitador «a bênção, meu Pai», de um auspicioso «até amanhã, se Deus quiser» ou, pelo menos, de um conciso «aDeus».
Dir-se-á: outros tempos, outros modos. Creio, porém, que eram modos que nunca deviam passar de moda!