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Terça-feira, 18 de Novembro de 2014
  1. Aquela tinha sido uma semana especialmente complicada. Ficou mesmo conhecida como a «semana negra» do Concílio.

O Vaticano II encaminhava-se para o final da sua terceira sessão e as questões mais sensíveis cavavam divisões entre os participantes.

 

  1. Logo na segunda-feira, anuncia-se que Paulo VI resolvera introduzir uma nota explicativa na constituição dogmática sobre a Igreja.

Aí se reafirma o primado papal acautelando eventuais interpretações conciliaristas da colegialidade episcopal.

 

  1. Na quinta-feira, o decreto sobre o ecumenismo é alterado com 19 emendas do Santo Padre, o que desagradou a muitos dos redactores.

Na sexta-feira, o Sumo Pontífice sugere o adiamento da votação do decreto sobre a liberdade religiosa para a quarta — e última — sessão do Concílio.

 

  1. E foi no sábado, 21 de Novembro de 1964, que Paulo VI atribuiu a Nossa Senhora o título de «Mãe da Igreja».

Enquanto Mãe de Cristo, Ela é Mãe dos membros do Corpo de Cristo: «fiéis e pastores».

 

  1. Foi, portanto, há 50 anos que Maria Se tornou oficialmente reconhecida como Mãe da Igreja. No entanto, a origem deste título é muito antiga.

Segundo Hugo Rahner, irmão de Karl Rahner, terá sido usado pela primeira vez por Sto. Ambrósio, no século IV.

 

  1. Como Mãe da Igreja, Maria avulta como modelo da Igreja mãe.

Na Mãe a Igreja torna-se mãe.

 

  1. O que Maria é corresponde ao que a Igreja é chamada a ser.

O que é conhecido em Maria deveria ser sempre reconhecido na Igreja.

 

  1. Aliás, desde jovem, o futuro Paulo VI defendia a necessidade de a Igreja despontar como mestra da verdade e, ao mesmo tempo, como mãe da caridade.

No dia da sua Missa Nova, distribuiu uma oração atribuída a S. Pio X, onde se pedia: «Que todas as inteligências se reúnam na Verdade e que todos os corações se encontrem na Caridade».

 

  1. Na Mãe, a Igreja Mãe atinge a sua máxima perfeição e encontra o seu maior desafio.

Para a Igreja, Maria é —como assinalou Otto Semelroth — o seu «pléroma» e o seu «gérmen».

 

  1.  João Paulo I, imediato sucessor de Paulo VI, ter-nos-á surpreendido quando recordou que «Deus é Pai e, ainda mais, Mãe». No fundo, Maria traz para nós a paternidade maternal de Deus.

Que a Igreja reaprenda com a Mãe a ser cada vez mais mãe!

 

publicado por Theosfera às 10:48

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