A vida diz que muita coisa muda. E a experiência mostra que poucas coisas melhoram.
Até a vivência da fé, que é o espaço por excelência da estabilidade, vai estando sujeita a mutações de toda a espécie.
Pensemos na Eucaristia. A Eucaristia não é tudo, mas é essencial para tudo.
Os cristãos da primeira hora perceberam que a Eucaristia «faz a Igreja».
Não se vive sem alimento e a Eucaristia é alimento: alimento no Pão e alimento na Palavra.
Houve mártires que assumiram não poder sobreviver sem o Domingo. Como é óbvio, estavam a pensar na Eucaristia.
Hoje em dia, há os «cristãos itinerantes» e os «cristãos intermitentes».
A itinerância é inevitável e pode ser sadia. Na era da mobilidade, os cristãos não se circunscrevem a um território. Participam na Eucaristia onde podem e onde querem.
Já a intermitência é mais preocupante. Há quem participe umas vezes e não participe outras vezes.
E tal intermitência também se verifica na motivação. Nem sempre se participa por razões de fé. Há celebrações promovidas por meras razões sociais. É alguma coisa. Mas é claramente insuficiente.
É preciso restabelecer o (indissolúvel) vínculo entre fé e Eucaristia.
Ser cristão sem Eucaristia é como tentar existir sem pão. Dará para muito tempo?