Há quem teime em olhar para os outros de lado, por cima ou de passagem.
Há quem pense que, deste modo, fica com um olhar perfeito sobre os outros.
Mas não. Estes olhares repentinos e, muitas vezes, sobranceiros são mais olhares sobre os próprios do que olhares para os outros.
Há que deixar a realidade entrar pelos nossos olhos.
Há que olhar com os nossos olhos e não persistir em, narcisisticamente, olhar para os nossos olhos.
Não escondo o quanto me perturbam certos olhares para a pobreza.
São olhares muito «científicos», muito «estatísticas», mas também muito distantes.
Geralmente, são também olhares muito exaustivos. Até censuram quem faz alguma coisa pelos pobres.
Os que criticam a caridade para com os pobres que têm feito pelos pobres?