A palavra não é tudo, mas até a Bíblia assegura que é a palavra que está no começo de tudo (cf. Jo 1, 1).
Uma palavra pode mudar muita coisa.
É por isso que muitos a usam e é por isso que, como dizia Dostoiévski, muitos a temem.
Já houve quem chegasse ao poder com palavras de mudança sem que qualquer mudança conseguisse.
É a vez da Grécia experimentar.
As palavras de mudança já estão pronunciadas. Vamos ver o que acontece.
Serão capazes tais palavras de mudar a realidade? Ou acabará a realidade por mudar tais palavras?
Em matéria política, tornei-me no que muitos são em matéria teológica: agnóstico.
Neste campo e sobretudo neste momento, não sei o que vai acontecer. Alguém sabe?
Espero que a vida das pessoas melhore. Se a vida das pessoas melhorar, então a mudança aconteceu.
Uns depositaram os votos, outros têm depositado o dinheiro.
Todos, nesta altura, estão expectantes. Ninguém pode ser radical.
Uns precisam de que alguém empreste dinheiro. Outros precisam de reaver o dinheiro que já emprestaram.
Se não houver uma plataforma de entendimento, perdem todos.
Daí que a emoção tenha de ser temperada pela razão. Aliás, a razão nasceu na Grécia.
Nesta hora, há uma razão (compreensivelmente) emocional. É importante que não se perca uma emoção (desejavelmente) racional.
Os próximos tempos prometem ser interessantes!