O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 14 de Fevereiro de 2017

O discurso «light», incolor e inodoro, também nos pode tentar.

E, de facto, somos frequentemente tentados a exprobar certas palavras sob o pretexto de elas padecerem de uma alegada obsolescência.

Uma dessas palavras é o temor. Quem fala hoje do «temor de Deus»?

Muitos nunca o terão ouvido mencionar, outros tê-lo-ão rapidamente esquecido.

Mas ele figura entre os dons do Espírito Santo, já referidos por Isaías (cf. Is 11, 2).

No tempo das palavras «apetitosas», o temor não gozará de grande reputação. Só que ele é essencial ao processo de conversão.

Por estranho que pareça, o temor é o maior aliado do amor.

Augustin Guillerand percebeu belamente a aliança entre os dois: «O amor e o temor não se opõem; o amor gera o temor, que, por sua vez, preserva e desenvolve o amor».

Ainda bem que «quem ama tem medo: medo de perder o que ama».

Um pouco de medo não faz mal a quem quer bem!

publicado por Theosfera às 09:32

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