O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 28 de Janeiro de 2014
Um dia, alguém perguntou a Óscar Wilde: «Sabes qual é a diferença entre um santo e um pecador?».


O escritor irlandês respondeu: «Sei. É que o santo tem sempre um passado e o pecador tem sempre um futuro».


Como é bom conviver com pessoas com a sabedoria e a simplicidade de S. Tomás! Um santo enquanto sábio, um sábio enquanto santo!


A maior santidade é uma manifestação de sabedoria. E a maior sabedoria é sempre a santidade.


Hoje é dia de S. Tomás de Aquino, o Doutor Angélico. Não sei que mais admire nele, se a santidade, se a sabedoria.


Dialéctica infundada, porém. Tomás foi sábio porque santo e foi santo porque sábio. Ele percebeu belamente que a verdadeira sabedoria é a santidade e que a autêntica santidade é sempre sabedoria.


A sua humildade levou-o a procurar constantemente a verdade. Fê-lo até ao fim da vida. E fê-lo não só sentado à secretária. Fê-lo sobretudo de joelhos.


A Teologia não é um exercício diletante. É um acto de fé que não exclui a razão, antes a optimiza.


A fé envolve a vida e não deixa a razão de fora. Foi Tomás quem porfiou na consolidação da aliança entre a razão e a fé: «A razão postula a fé e a fé postula a sua compreensão racional».


Homens como Tomás não passam de moda. São imortais. Por isso, a Igreja, no Vaticano II, faz dele o único teólogo cujo pensamento recomenda expressamente na formação dos sacerdotes.


Era um homem silencioso. Vivia muito a partir de dentro, a partir do fundo. Parecia um anjo. Não deixou de ser humano por isso. É um acto de sabedoria aprender com quem nos pode ajudar. Inclusive com os anjos.


Nem todos podemos ser sábios como Tomás. Nem todos poderemos ser místicos como Teresa de Lisieux, que viveu às portas do século XX. Mas todos somos chamados a ser santos como os dois. Ambos mergulharam no mesmo (e infindo) oceano: o mistério santo de Deus!


Tempos diferentes e personalidades diversas partilham a mesma preocupação: encontrar o seu lugar na Igreja, na humanidade.


No século XIX, Teresa de Lisieux foi perita na ciência do amor. No século XIII, Tomás de Aquino fora mestre no amor da ciência.


Ambas as vias conduzem a Deus: o amor é a maior ciência; a maior ciência é o amor.
publicado por Theosfera às 00:46

De Anónimo a 28 de Janeiro de 2014 às 03:02
Tomás de Aquino foi um homem com um sentido de tolerância extraordinário, uma enorme referência ética do cristianismo. Se dúvidas existirem, basta ver o que ele próprio escreveu na sua Summa Theologica, a propósito de todos aqueles que dele divergiam doutrinariamente:

“Por seu pecado, os hereges merecem não apenas ser separados da Igreja, pela excomunhão, mas também do mundo, pela morte.”

Tomás de Aquino, um santo, um sábio, e um autêntico modelo de virtudes, que merece ser constantemente evocado e elogiado por quantos se desejam manter fiéis seguidores de Jesus Cristo.

De César a 28 de Janeiro de 2014 às 10:58
Vejo, "Anónimo", que o seu comentário (irónico?), é absolutamente contra S.Tomás, pois denota azedume e revolta... Engano-me ?

De Anónimo a 28 de Janeiro de 2014 às 14:02
Não Anónimo, que ideia. Então eu ia pôr em causa esse grandioso exemplo de virtude, sabedoria e santidade que foi Tomás de Aquino ? Basta lermos a sua Suma Theologica para facilmente verificarmos que ele foi a mais clara expressão de consequente cristianismo e de amor ao próximo. E, quanto às mulheres, ele também foi um estrénuo defensor das suas imensas virtudes:

"nada degrada mais o espírito do homem do que os carinhos da mulher" ("Summa Theol."; II/II; q. 151; a. 3; ad 2).

Como vê, só existem óptimas razões para enaltecermos esse grandioso exemplo cristão.


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