A lucidez é uma qualidade. Mas é uma qualidade que, quase sempre, arrasta problemas.
Uma pessoa lúcida vê tanta coisa má. E, ao mesmo tempo, vê-se impotente para a transformar.
Já Heródoto dizia que o mais amargo dos infortúnios era «ter consciência de muito e controlo de nada».
O problema é que, muitas vezes, o que mais nos dói passa à nossa frente em frémitos de festa.
Todos sabem que o abismo está perto. Mas, pela aparência, todos caminham (alegremente?) para dentro dele.
Não é fácil ser profeta. Mas é cada vez mais urgente a coragem dos profetas.
Apesar de tudo, ainda quero acreditar que este mundo pode melhorar!