A comunicação redundante torna-se um bocejo e arrisca-se a ser inútil.
Limitar-se a dizer o que acontece é pouco. Dizer o que toda a gente vê serve para quê? Toda a gente vê.
Comunicar tem de ser, por isso, questionar o que acontece.
É claro que se trata de um risco. Mas fora desse risco, valerá a pena comunicar?
Kingsley Amis recomendava: «Se não irritas alguém com o que escreves, não te dês ao trabalho de escrever».
O problema é que não é propriamente fácil suportar o efeito de certas irritações. Mas Jesus deixou o critério decisivo: «Ai de vós quando todos disserem bem de vós»(Lc 6, 26).
É preciso ter coragem para se expor à irritação. Embora custe. Muito!