A vida é feita de pequenos momentos.
Uma grande obra é tecida com pequenas atitudes.
Habitualmente, reparamos nas grandes decisões e nos grandes discursos. E propendemos a negligenciar os detalhes.
Mas é aí, nos pequenos detalhes, que tudo se decide. Devia ser aí que as nossas atenções teriam de se concentrar. Pois é aí que se vão tingindo pastosos sinais de decadência.
Não é de hoje. Nem de há pouco.
Fernando Pessoa, versão Artur Mora, é de opinião que tudo terá começado com a decadência do Império Romano. «Poucos dão por isso, mas ainda estamos a assistir à decadência do Império Romano».
Alguns não conhecerão o Império Romano. E muitos não reconhecerão a decadência.
A pior decadência será aquela que nem reconhecida é.
Como pode levantar-se quem não assume sequer que caiu?