É costume das pessoas e não deixa de ser hábito nos povos.
Regra geral, celebramos os feitos e propendemos a ignorar os defeitos, a calar os infortúnios.
Já Paul Valéry tinha reparado que «nenhuma nação gosta de considerar os seus infortúnios como seus filhos legítimos».
Trata-se de um erro, porém. Trata-se, diria, de infortúnio em cima de infortúnio.
Qual é a mãe que despreza o seu filho doente? O filho doente merece ainda maiores cuidados.
O infortúnio justifica ainda maior atenção. Porque com o infortúnio muito se aprende.
Não é de baixo que se sobe?