A nossa vida contém muito de speculum (espelho) e de spes (esperança).
Que ela seja encarada como espelho de uma Igreja com uma já longa trajectória de fidelidade.
E que ela possa ser acolhida como esperança inspiradora de uma nova inquietação em ordem a uma renovada procura.
Urge, na verdade, reinventar caminhos que permitam dessedentar a sede de infinito que se pressente em cada passo e preencher a profunda saudade de Deus que se divisa em cada olhar.
Queremos vencer a atonia espiritual e a anemia pastoral em que, frequentemente, nos deixamos atolar.
Importa, por isso, que as raízes do nosso ser Igreja sejam alimentadas pela mais pura seiva do amor trinitário na certeza de que, como diria António Ramos Rosa, tais raízes «não estão atrás; puxam-nos para a frente».