Como notou Chesterton, Jesus Cristo, quando lançou as redes da Sua grande sociedade, não escolheu, para pedra angular, o genial Paulo ou o místico João, mas alguém bastante frágil e oscilante.
E foi sobre essa pedra que edificou a Sua Igreja. «Todos os impérios e todos os reinos se desfizeram devido à intrínseca e constante fraqueza que é terem sido fundados por homens fortes sobre homens fortes. Mas esta coisa única, que é a Igreja de Cristo, foi fundada sobre um homem fraco, e por isso é indestrutível. Porque nenhuma corrente é mais forte do o seu elo mais fraco».
Tudo isto causa estranheza, mas é a mais funda e bela verdade.
Henri de Lubac verbalizou-a com recortes de eloquência: «A Igreja não é uma academia de sábios, nem um cenáculo de intelectuais sublimes, nem uma assembleia de super-homens. É precisamente o contrário. Os coxos, os aleijados e os miseráveis de toda a espécie têm cabimento na Igreja, e a legião dos medíocres, que se sentem nela como em sua própria casa, são os que lhe dão o seu tom».