Na vida, a lei das compensações leva a que cada coisa provoque, muitas vezes, o seu contrário.
Por alguma razão Heraclito terá notado que os extremos tocam-se.
E o povo, na sua sabedoria simples, tem vertido máximas que documentam isso mesmo.
Por exemplo, «quem diz o que quer ouve o que não quer».
Podemos achar que a nossa palavra é a última. Mas há sempre quem não se vergue e, com mais elegância ou mais contundência, replique e implique.
Noutro registo, Benjamin Franklin avisava: «Se comprares aquilo de que não precisas, não tardarás a vender o que te é necessário». O problema é se, nessa altura, não aparece quem queira (ou quem possa) comprar.
Em tudo, avulta um imperativo maior. Tem o nome de prudência.
A falar ou a agir, é bom tomar as devidas cautelas!