- Não se aprende a fé; só se aprende a crer.
Quando muito, apreende-se a fé na medida em que se aprende a crer.
- Foi o que aconteceu com os discípulos de Jesus.
Sentiam que tinham alguma fé. Mas pediram a Jesus que os ensinasse a crescer na fé (cf. Lc 17, 5).
- E como é que Jesus ensinava?
Com a Sua vida (cf. Lc 2, 47) e com a Sua palavra (cf. Mt 5, 1-12). No fundo, com a sintonia entre a Sua vida e a Sua palavra.
- Walter Kasper notou que a novidade de Jesus Cristo não estava tanto na Sua mensagem. Estava sobretudo na Sua conduta.
Isso era o suficiente. E era isso que O tornava convincente. Era isso que levava muitos a procurá-Lo e a segui-Lo.
- Foi a fé de Jesus que estimulou a fé em Jesus.
Ele apresentou-Se como um crente credível. Dizia o que fazia e fazia o que dizia.
- As pessoas viam Jesus, ouviam Jesus e seguiam Jesus.
A fé em Jesus gera o seguimento de Jesus.
- O crente não é tanto aquele que concorda e aplaude. O crente é sobretudo o que segue, o que convive.
Eis, aliás, a diferença entre o aluno e o discípulo. O aluno é o que ouve o mestre. Já o discípulo é o que, além de ouvir, convive com o mestre.
- Quando se aprende a crer, aprende-se que Deus, o mais distante, torna-Se também o mais próximo.
Aprende-se que Deus é Pai. E que, como vislumbrava Sto. Ireneu, o Filho e o Espírito Santo são como que as duas mãos pelas quais o Pai nos toca.
- É a Igreja que, com todas as suas limitações, nos leva até Jesus.
No seu mistério mais fundo, ela é o sacramento primordial da presença de Deus no mundo.
- Aprendemos a crer na oração e na missão. O encontro com Deus conduz-nos ao encontro com a humanidade.
É por isso que a fé se apega. É por isso que a fé nunca se apaga. É por isso que a fé contagia. É por isso que a fé nunca é suficientemente grande. É por isso que a fé pode sempre ser maior!