O valor da partilha não está só na materialidade do que se dá.
Está também (e sobretudo) na atitude que se revela.
É por isso que o despojamento não se mede pela oferta do que sobeja, mas pela dádiva do que pode vir a faltar.
Foi esta a percepção de Manuel Bernardes: «A mão bem despegada dos bens terrenos não é a que dá esmolas do supérfluo, senão a que desvia faltas do necessário».
Não é fácil. É por isso que é heróico!