Os cistercienses, seguidores de S. Bernardo, estabeleceram-se em desertos, onde realizam um duro trabalho manual que é suficiente para o seu sustento e permite também vir ao encontro dos necessitados.
Conhecem um despojamento que os aproximade Jesus Cristo e dos apóstolos.
Rejeitam o sistema social da época, renunciam aos dízimos e feudos que vêm daqueles que têm autoridade feudal e, do mesmo modo, não aceitam os benefícios que poderiam ser propostos pelos homens da Igreja.Com a ideia da igualdade, no mosteiro, não se faz caso da origem social dos monges; todos vivem do mesmo modo.
No que diz respeito ao abade, inclusive ao abade de Cister, encontram-se todos no Capítulo Geral ao mesmo nível.
A simplicidade de vida aparece nos hábitos, nas construções realizadas com linhas geométricas limpas, estilo despojado, sem decorações.
A espiritualidade não está dirigida a uma elite, mas a seres humanos de carne, permeados profundamente do desejo de se converter.
Este quadro estaria incompleto se não se fizesse menção do culto à Virgem das Dores e da Ternura, pronta para socorrer as mais diversas angústias, como para suscitar o respeito da mulher, numa sociedade bastante violenta.