Bom é o governo que olha bem para a realidade e que selecciona correctamente as prioridades.
Os cidadãos podem propor, mas é a realidade que impõe.
E, nos tempos que correm, nem sempre o que a realidade impõe coincide com o que os cidadãos propõem.
A realidade determina (aliás, muito secamente) que, num país como o nosso, o programa de governo não é o programa do governo: é o programa dos credores.
É um programa muito duro, pouco justo e que não deixa grande espaço para alternativas: ou fazemos o que eles dizem ou cessam os apoios.
Entre pouco e nada, a escolha é óbvia. No entanto, esta atenção à realidade não nos deve desviar da principal prioridade: favorecer quem costuma ser mais desfavorecido e não empobrecer quem já é pobre.
Apesar dos constrangimentos da realidade, não nos desviemos da grande prioridade!