Triste está o tempo. Triste parece a vida. Tristes já ameaçam ser os sonhos. Triste até aparenta ser o que triste não é: o Natal.
Palpita-me que vamos ter um Natal triste. E não é só pela crise. A crise maior, que espoleta todas as crises, é a dos sentimentos, cada vez mais fluidos e manietados por interesses, aparatos e aparências.
O Natal é acontecimento de alegria. Mas não conseguimos incorporá-la no fundo.
Parece que, afogados no consumismo, andamos a fingir que estamos contentes.
Importante é ser autêntico. Admiro quem é honesto em tudo, mesmo no que sente. Sobretudo no que sente!