É preciso situar: a palavra na frase, a frase no texto e o texto no contexto.
Quando o Ministro da Economia disse que 2012 será o ano do fim da crise (depois, terá corrigido para «princípio do fim»), assinalou uma parte da verdade.
De facto, 2012 poderá ser o fim (ou o princípio do fim) da crise, mas para o Estado.
Com o aumento da receita (via impostos) e a redução da despesa (via corte nos salários e nos subsídios), é natural que as contas do Estado estabilizem.
O problema é a situação das pessoas. E 2012 poderá marcar o recrudescimento da crise.
Muitos já estão no limiar da sobrevivência. E, como dizia E. Morin, «sobreviver não é viver».