Toda a gente quer ter casa, mas passa-se cada vez menos tempo em casa.
De dia, sai-se para o trabalho. De noite, sai-se para o café, para o bar, para a discoteca.
Nasce-se fora de casa e morre-se, cada vez mais, fora de casa.
A geografia dos interesses dentro de casa também se foi alterando. Como nota Ana Nunes de Almeida, a atracção centra-se na sala onde está a televisão.
A individualidade fica para o quarto. Mas mesmo aí a pessoa vai dando informações sobre a sua individualidade via net. Tudo é publico hoje. A começar pelo que é (era?) mais privado.