Há palavras que nos deixam sem elas, sem palavras.
Bebemo-las ou mastigamo-las e não conseguimos dizer nada.
«O Céu existe mesmo» é um livro campeão de vendas por toda a parte. Entre nós, conseguiu chegar ao primeiro lugar do top das obras mais vendidas.
Basta dizer que, em quatro meses, já vai na 11ª edição, com cerca de 100 mil exemplares transaccionados.
Colton é um menino de quatro anos operado de urgência.
Passado algum tempo, conta o que viveu. E, para surpresa de todos, em vez de falar de médicos e bisturis, fala de Jesus e de anjos.
O que ele reporta constitui, desde logo, o eco de uma vivência e a ressonância de um testemunho.
A fé corria nas veias desta criança, que a bebeu dos pais.
Estava no consciente e mantinha-se no inconsciente.
Isabel da Trindade dizia que encontrou o céu na terra porque o céu é Deus e Deus estava nela.
É por isso que, quando o céu desce à terra, quem está na terra sente-se já no céu.
A experiência do mistério é sobretudo unitiva.
E as crianças, na sua espontaneidade criativa, conseguem dar-nos poderosas lições de profundidade.
É um livro que cria sentimentos belos e que se aloja facilmente no fundo da alma.
Os olhos dos mais pequenos brilham quando os lábios falam desta comovente narrativa.
Não conheço ninguém que não tenha ficado tocado com este texto. Eleva. Emociona. Faz pensar. E permite concluir que, em tudo, há um sentido.
Afinal, no tempo, é possível ir mais além do tempo. A eternidade não nos esquece.
Em tempos de olhares estreitos, precisamos de horizontes largos. São eles que criam as raízes mais profundas.