Primeiro, foi a sociedade agrícola. Seguiu-se a sociedade industrial.
Há quem julgue que estamos em plena sociedade do conhecimento. Mas, ao contrário do que alguns pensam, já não é o conhecimento que faz a diferença.
Repare-se.
Uma breve semana de leitura de um jornal permite ter acesso a mais informação do que aquela que teria uma pessoa do século XVIII em toda a sua vida.
O facebook já tem mais de 500 milhões de utilizadores. Se fosse um país, seria o terceiro maior de todos.
A rádio levou 37 anos a atingir 50 milhões de ouvintes, a televisão treze, a internet quatro e o facebook apenas dois.
Não basta, pois, possuir conhecimento. O importante é saber utilizá-lo da melhor forma.
Há quem considere que o futuro está na criatividade. Sem dúvida. Mas esta não chega. Ela tanto consegue abrir as portas ao bem como é capaz de escancarar as janelas ao mal.
Temos de apostar sobretudo no exemplo, que polarize os conhecimentos num projecto mobilizador em torno do Bem.
Nem tudo o que é bom será criativo. Nem tudo o que é criativo será bom.
Do que o mundo precisa, com extremos de urgência, é de bondade. Se esta puder ser oferecida com criatividade, tanto melhor. Mas o que não podemos diferir mais é a instauração de uma efectiva cultura da bondade. No exterior. E sobretudo no interior.
O futuro, se quiser ser diferente, tem de passar pela «sabedoria do coração»(Sal 90, 12).
Só ele tem as razões que até à razão escapam!