Um livro, mesmo que não tenha qualquer valor, já vale muito só por existir.
Ainda que não revele grandes primores de qualidade, mostra sempre algum esforço.
Embora possa não ter conteúdo, terá alguma mensagem.
Um livro obriga sempre a parar, nem que seja por instantes.
Há, depois, os livros profundos, os livros importantes e os livros marcantes. E, como corolário, há os livros belos.
A beleza, sendo um transcendental, está a montante e a jusante do esforço. Ninguém a possui. Alguns conseguem captá-la. E não sossegam enquanto não a transmitem.
José Tolentino Mendonça nasceu com o dom de pensar bem e de comunicar belamente.
«Pai-Nosso que estais na Terra» é o mais recente obséquio que nos oferece.
Só se consegue parar mesmo no fim. Procure ler. Não deixe de meditar.
Verá que vale a pena!