O sorriso apagou-se tão repentimente como se acendera.
Há 33 anos, o mundo alvoroçava-se com a notícia da morte inopinada de João Paulo I, o Papa do sorriso, eleito 33 dias antes.
Muitos deram dele a imagem de um homem ingénuo. Inegenuidade, contudo, é o que patenteia tal percepção.
Foi sempre de uma dedicação imensa a Deus e ao próximo.
Tinha uma assolapada paixão pela catequese. Nos 33 dias de pontificado, deixou uma marca imperecível sobre o amor materno de Deus.
«Deus é Pai e, ainda mais, Mãe». Eis o que saiu dos seus lábios a 10 de Setembro de 1978. Foi uma lição viva.
No fundo, sempre é possível conjugar a firmeza com a serenidade.