Admiro mais (infinitamente mais) os que reconhecem o fracasso do que aqueles que passam a vida a cantar vitórias. Mesmo que estas sejam obtidas à custa de outros.
José Miguel Júdice diz ser «um homem com derrotas, mas não um homem derrotado».
Há derrotas que compensam mais que a maior vitória. Sobretudo se elas se deverem aos ideais por que lutamos: «Quando se morre por um ideal, ganha-se. Quando se sobrevive sem um ideal, vegeta-se».
Numa altura em que tudo se igualiza, é saudável ouvir alguém confessar que só somos vivos «quando somos diferentes. Estamos mortos quando cedemos».
A estagnação «é um sinónimo de morte». Só na «transgressão as sociedades evoluem».
É preciso ter muita coragem e ser muito livre para dizer isto.
O preço que se paga é, geralmente, muito elevado. Mas vale a pena pagá-lo!