O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 30 de Novembro de 2009

 

Andamos uma vida inteira à procura de nós mesmos.
        
  Tarefa prioritária, jamais, por nós próprios, a levamos à plenitude.
         
Na verdade, quem pode dizer que se conhece?
         
Quem pode assegurar que nunca se surpreendeu perante uma afirmação proferida, uma decisão tomada ou uma acção cometida?
         
Somos — todos temos consciência disso — uma surpresa para nós próprios.
         
Esta convicção degenera, por vezes, em desânimo e desespero.
        
  A história do pensamento é a história desta procura insana e desta insatisfação permanente.
        
  É, entretanto, neste contexto que Deus intervém.
         
A Sua auto-revelação acaba por ser também a revelação do que nós somos.
         
Pois, para nos falar, Ele próprio desceu à nossa humanidade.
         
Tornando-Se homem (Jo 1, 14), mostrou-nos que o humano é capaz de acolher o divino.
         
«O homem é, por isso, — como escreveu Edward Schillebeeckx — a palavra de que Deus Se serve para escrever a Sua história».
         
Mas há, entretanto, uma outra face desta situação, que importa realçar com toda a força.
         
É que o humano só atinge a sua máxima expressão quando é assumido por Deus.
         
É Deus, ao fazer-Se homem em Jesus Cristo, quem nos revela quem nós somos (cf.Gaudium et Spes 22).
         
Isto significa que é também quando nos abrimos à relação com Deus que encontramos, em toda a plenitude, o sentido da existência.
         
Por conseguinte, quanto mais em Deus, mais em nós mesmos. Isto é, mais felizes, mais libertos, mais verdadeiros.
         
Que as nuvens nos façam chover, pois, o Justo.
         
Ou então como (mais próximo de nós) afirmava Miguel de Unamuno:«Quando Deus quiser chover na tua vida…deixa chover».
publicado por Theosfera às 11:09

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