Um conhecido cronista faz um inventário pormenorizado de promessas não cumpridas.
A situação repete-se e, pelo que parece, a indignação é cada vez menor.
Dá a impressão de que se trata de uma estratégia.
Se, em campanha, os políticos dissessem o que iriam fazer, não ganhavam eleições.
Se, após as eleições, fizessem o que antes disseram, ganhavam credibilidade, mas perderiam o sentido da realidade.
O problema é que, num caso, o pensamento está voltado para as eleições e, noutro caso, está voltado para a realidade.
Pelos vistos, não há condições para se aplicar o que se anuncia.
Sendo assim, porque é que tal não é assumido abertamente?
Ou será que a verdade tem de estar afogada pela propaganda?