Uma eminente figura da Igreja disse, hoje mesmo, que «nunca, como hoje, as forças ateisantes, que se apresentam como defensoras da autonomia e da grandeza do homem, procuram neutralizar a influência da religião e dos crentes nos dinamismos construtores da sociedade».
Percebo o que se quer dizer e, à primeira vista, assim é. Mas, com todo o respeito, continuo a pensar que o ateísmo é sempre reactivo. E tenho para mim que quem mais neutraliza o efeito da presença da religião na sociedade são muitos membros das religiões.
Enquanto não tivermos a humildade de reconhecermos isto, os lamentos continuarão. Apenas lamentos.