Estamos mais perto da verdade quando calamos do que quando falamos.
Quando calamos, podemos não ficar suficientemente perto. Mas, quando falamos, sentimos que ficamos mais longe.
Quando falamos, sabemos que nunca transmitimos totalmente a verdade.
É por isso que temos de purificar o coração e de limpar as palavras para que a verdade possa reluzir o mais possível.
O que não podemos é enganar deliberadamente, tentando desviar os outros de uma aproximação à verdade.
Este é o grande perigo da nossa época. George Orwell, aliás, já o detectara e assinalara com fulgor: «Num tempo de engano universal, dizer a verdade é um acto revolucionário».
Mas esta é a única revolução que nunca prescreve: procurar dizer a verdade, procurar viver na verdade!