Faz hoje oito dias que aconteceu o terrível massacre na Noruega.
Além de nos chocar o acto, arrepia-nos os motivos alegados, onde não falta a defesa da civilização cristã. Para Anders Breivik, tal defesa justifica a eliminação não só dos outros, mas também dos que apoiam a integração dos outros.
Acontece que o primeiro rei cristão da Noruega teve um procedimento semelhante.
No século XI, empenhou-se em combater e eliminar quem não fosse cristão.
Olavo juntou-se a um bando de piratas vikings. Recebeu o baptismo em Rouen, França, das mãos do arcebispo Robert em 1010.
Em 1015, com a idade de 20 anos, regressou à Noruega.
Na batalha de Nesje, em 1016, tornou-se o governador e, depois, rei da Noruega.
Após as suas brilhantes conquistas militares, Olavo passou a organizar o cristianismo na Noruega.
Trouxe o clero da Inglaterra e dos países vizinhos e um desses estrangeiros era Grimkel, bispo de Nidaros.
Seguindo o conselho de Grimkel, Olavo publicou muito actos abolindo as leis e antigos costumes pagãos.
Infelizmente, Olavo usou de força para destruir o paganismo e impor a nova religião ao seu povo.
Unificou o país, mas algumas das suas leis não foram bem aceites pelos nobres e ricos e, de facto, espalhou um certo descontentamento.
Ele não tinha misericórdia para com os seus inimigos. Os nobres revoltaram-se e, em 1029, foi expulso do reino anglo-dinamarquês.
Fugiu para a Rússia, mas voltou à Noruega em 1031 com algumas tropas suecas tentando recuperar o seu reino. Só que foi morto na batalha de Skiklestad, no Fiorde de Ttromdheim.
Olavo é visto como herói nacional da Noruega.
No ano seguinte ao da sua morte, o bispo Grumkel construiu uma capela no local do seu túmulo.
Ele foi zeloso pela cristandade, mas rude e feroz.
Olavo é mostrado como um rei com uma lança ou com um machado.
Apesar de tudo, é venerado como santo, tendo sido canonizado, em 1164, pelo Papa Alexandre III.
O dia da sua memória é precisamente 29 de Julho. Hoje.