A corrupção não se combate apenas (nem principalmente) no plano jurídico. O combate à corrupção decide-se também (e sobretudo) no âmbito da ética.
Isto significa que, no limite, há situações que juridicamente podem estar previstas, mas que poderão ser eticamente duvidosas.
Um familiar não pode ser prejudicado por esse facto, mas pode haver a suspeita de ser favorecido por essa circunstância.
O melhor é mesmo ser o mais objectivo possível. Não é preciso ser tão escrupuloso como aquele professor que, há décadas (para que ninguém dissesse que favorecia dois alunos de quem era familiar), lhes atribuía dois valores a menos em relação à nota merecida.
Importante é que não haja favorecimentos, concursos à medida, lugares para os mais próximos.
Toda a gente sabe que não é fácil e que há muitas pressões sobre quem está em lugares de decisão.
Esta é uma causa que tem de ser assumida a peito. O maior escrutínio está na consciência.